Mighty Switch Force! Análise de Jogo.
Entre monstros, belas loiras fugitivas e pedras
perigosas, a jovem policial terá sua curta aventura testada.
Mighty Switch Force! é o
típico game que a primeira vista lembra um clássico inegável, Metal Slug.
Embora sem todas aquelas explosões, armas e soldados inimigos prestes a acabar
com a sua alegria, o título do Nintendo e-Shop e o primeiro criado pela
WayForward para o Nintendo 3DS consegue manter a qualidade conquistada nos
jogos digitais da empresa, como Shantae e Mighty Flip Champs (ambos do
DSiWare). Inicialmente, o game possuía apenas 16 fases, no entanto, como uma
espécie de “upgrade” foi adicionado um tempo depois pela própria WayForward uma
espécie de DLC gratuito que dava o direito de mais 5 fases bônus logo o término
das fases principais. Com uma crescente escala de dificuldade, o game tem seu
ápice nas últimas fases do modo principal e de seu modo bônus, onde a
velocidade e a percepção do jogador são postos a prova a todo instante. Para os
mais audaciosos e que gostam de bater recordes, o título conta com um cronômetro
com um tempo automático já estimado para completar a fase, que pode ser
alterado caso o jogador passe por todas as fases em um menor tempo.
Mas a
grande questão de Mighty Switch Force! é; custando apenas R$ 9,99, ele poderia
ser um título considerado bom e recomendado para todos?? Pois é isto que iremos
ver nesta análise!
APROVADO:
Beldades em fuga! É hora da
polícia ser acionada:
Não! Isto não é um filme de
comédia, é basicamente a premissa da história de Mighty Switch Force! Você, na
pele da jovem policial Patricia Wagon deverá capturar 5 [belas] fugitivas que
estavam sob sua custódia em um carro de penitenciária que, por motivos
desconhecidos acabou sofrendo um acidente, deixando todos as presidiárias
soltas pela cidade. Porém, antes de ir embora, uma das ex-detentas joga no chão
uma espécie de poção que cria as mais bizarras criaturas, como morcegos
clorofilados (verdes), bombas rosadas e uma espécie de dinossauro brasileiro
(já que é “verde e amarelo”) e são estas as criaturas que o jogador deverá
tomar um grande cuidado no decorrer das fases. Embora não obrigatório, caso o
jogador fique com alma de exterminador de quase animais, estes seres, ao serem
derrotados podem render a jovem Patrícia corações para recuperar o seu nível de
energia, cujo máximo é três. No entanto, vale uma ressalva, nem todos os seres
encontrados podem ser mortos apenas com a arma a laser da policial, o
dinossauro, por exemplo, só é retirado de campo se bater sua cabeça em uma
pedra ou se for esmagado por ela. E são em todas as fases, que a policial além
de enfrentar estes seres, tem o dever de capturar as cinco fugitivas, que
estarão espalhadas em pontos específicos do cenário.
Cenários que podem te
esmagar de raiva!:
Um dos destaques de Mighty
Switch Force! é com toda certeza o seu desempenho gráfico. Com apresentação de
Sprites que lembram games como Pokémon, o jogador, as detentas e todos os seres
incluídos no cenário receberam um trabalho caprichado. Porém, é no cenário das
fases que o visual do título tem o seu status máximo. Ao longo das fases, o
cenário se divide em três planos, algo que é ainda mais acentuado com o efeito
tridimensional nativo do portátil. No primeiro plano temos... a tela do próprio
portátil (isso vai ser explicado mais tarde), no segundo temos o universo onde
Patrícia sai a procura das fugitivas e o terceiro plano é onde temos uma
espécie de área invisível atrás do segundo plano. Mas por que tantos planos
diferentes? Simples, o game, embora tenha características do gênero de
plataforma é também uma mistura com o gênero puzzle. Logo nas primeiras fases o
jogador verá pedras marrons “comuns” e “transparentes”, e é com essas pedras
que a premissa de planos se torna uma grande idéia. Para se locomover entre as
pedras, o jogador deve apertar o botão A para que as pedras marrons se
transformem em transparentes e vice-versa (em outras palavras, as pedras
mudarão de planos automaticamente), o grande problema é que se por acaso
Patrícia “se atrasar” nesta troca, ela poderá ser literalmente esmagada pelas
rochas no primeiro plano, a tela do portátil. Porém, se você pensa que somente
as pedras que se utilizam desta funcionalidade, está redondamente enganado, no
decorrer das fases aparecerão monstros que só poderão ser derrotados esmagando-o,
além de alavancas e pedras especiais, em que o jogador deverá pensar com
cautela onde quer se meter antes de sofrer as conseqüências de ser esmagado.
Uma escalada de
dificuldades:
Como colocado no início do
texto, Mighty Switch Force! possui uma “escalada” no seu nível de dificuldade,
variando de acordo com cada fase que o jogador consegue passar. Dentre as 16
fases, o jogador não encontrará muitos problemas para atravessar pelo menos
metade delas. No entanto, é por volta da décima fase que as coisas começam a
complicar bastante; são novas plataformas (desta vez, nas cores vermelha e
azul) que, juntamente com as pedras marrons devem formar a plataforma adequada
para que o jogador possa passar. Se na metade do jogo a dificuldade aumenta
significativamente, é na última fase que um simples jogador será colocado em
risco o tempo todo. Diferente do que ocorria em todas as fases antecessores,
agora, ao invés de apertar o botão A para mudar o plano das plataformas, o
capacete de Patrícia fará isso automaticamente de 3 em 3 segundos, ou seja, o
jogador terá este tempo para reagir as diferenças de cenário no game. Por fim,
temos o [único] chefão, uma espécie de alien que consegue fazer o que a jovem
policial não conseguiu durante a aventura inteira, capturar as belas bandidas.
Para “zerar” o game, basta derrotá-lo para que todos os créditos apareçam na
tela.
Agora, canhões de plasma acertam bombas andantes! |
Terminou já?.... Ainda não!
Quando lançado, Switch Force
apresentava singelamente um total de 16 fases, algo que para um jogador que
adora desafios, daria em torno de 2 á 4 horas de jogatina incessante, algo
considerado pequeno, até mesmo para um game produzido para a rede online de um
portátil. Ouvindo o apelo do público, a WayForward, lançou, sob o aval da
própria Nintendo, uma espécie de DLC gratuito a todos aqueles que já tinham
obtido o game e o introduziu nas novas versões que seriam compradas. Foram
assim anexado no jogo original um total de 5 fases bônus. Não parece grande
coisa, mas graças ao nível bastante avançado de dificuldade nestas versões
bônus, o jogador terá algum tempo a mais para esquentar os seus miolos para
enfim recapturar de vez as loiras fugitivas. Se você, mesmo assim, acha que
esse jogo não merece o seu suado dinheirinho por ser muito “curto” está entre
termos enganado. O jogo, para o padrão de outros já lançados, apresenta
realmente uma longevidade bem pequena, contudo, para os mais audaciosos, há a
possibilidade de quebrar todas as marcas de tempo nas 21 fases existentes, além
de contar com uma potência maior de sua arma, que “pulveriza” completamente
qualquer inimigo e barreiras existentes. Esse upgrade na arma do jogador só é
conseguido quando o jogador destrava as fases bônus vencendo todas as 16
principais e pode ser desativado a qualquer momento.
REPROVADO:
Agora sim, acabou!
Mesmo com a adição de cinco
fases bônus e com todo poder de repetição para melhorar o seu resultado que
Mighty Switch Force! produz, não podemos tirar a sensação de “quero mais” que o
game deixa ao fim de seu último estágio. São tão rápidas as 21 fases (excluindo-se
as os possíveis problemas de dificuldade) que ao final do game, apenas os
jogadores mais “entusiasmados”, que adoram fechar com chave de ouro
absolutamente qualquer desafio se renderá a tentar cronometrar os seus novos
tempos no jogo. No entanto, para os jogadores que gostam apenas de uma leve
“jogatina”, a própria possibilidade de refazer todas as fases apenas pelo tempo
pode se tornar um aspecto não muito agradável, já que praticamente nenhuma
recompensa significativa é dada ao jogador e acaba deixando o jogo bem mais
repetitivo, já que você estará fazendo tudo (tudo mesmo!) da mesma forma que
fez na primeira vez, serão os mesmos monstros, as mesmas plataformas e os
mesmos esconderijos das loiras fugitivas, o que acaba fazendo o jogo perder uma
parte de sua graça neste aspecto. Um conselho dado por muitos jogadores foi a
possibilidade de a WayForward continuar produzindo fases bônus para o título,
afim de que ele mantenha uma longevidade cada vez maior, porém, nada de oficial
foi mencionado ainda, o que pode dizer que o interesse de DLC’s, sejam
gratuitas ou pagas não passam pela cabeça do alto escalão da empresa ou
simplesmente “não querem”.
Entre monstros, belas loiras
fugitivas e pedras perigosas, a jovem policial terá sua curta aventura testada:
Mighty Switch Force é um
game que não merece ser taxado de mediano e muito menos de ruim. Com uma
premissa simples, assim como a sua parte gráfica (que mesmo assim, possui um
certo charme) o título mantém uma imagem de muito bem trabalhado por sua
desenvolvedora, o que acaba deixando o legado da WayForward mais evidente a
cada ano no quesito das plataformas Nintendo. Ainda assim, embora a utilização
do efeito 3D pudesse ser melhor utilizada, a idéia de mudança de planos em um
jogo que mescla plataforma em 2D e puzzle caiu como se fosse uma luva feita sob
encomenda; os cenários ganharam vida, os monstros, em especial os que eram
amassados acabavam mostrando a ilusão de que realmente existia um mundo inteiro
naquela telinha do 3DS.Porém, não era somente os monstros os esmagados, com
toda certeza, com o avanço das fases e o maior nível de dificuldade, ao menos
uma vez, o jogador teve ou terá a triste reação ao ver a jovem policial
Patrícia ser amassada entre as pedras e a parede formada pela tela do portátil.
No entanto, mesmo com esses fortes pontos, o jogo acaba esbarrando de forma
séria em sua longevidade. Basicamente, em menos da metade de um dia, uma
pessoa, jogando direto pode terminar todas as 21 fases, sendo que depois, como
incentivo, terá apenas um pequeno cronômetro que ele “pode” tentar alterar se
passar mais rápido do que o estipulado. Enfim, Mighty Switch Force! é um game
que embora tenha ganhado aparência de “curto” e “repetitivo” diverte bastante
enquanto dura e deve ser uma boa promessa, especialmente para os que gostam de
um bom desafio, com fases cada vez mais difíceis. Se você gosta de desafios e
de jogos em plataforma bidimensionais, este game pode te agradar!
NOTAS:
Análise oficialmente lançada no dia 23 de Julho de 2013, e reformulada no dia 25 de Novembro de 2015.
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